A chance enfim aparece

Com um contrato longo e alta multa rescisória, a alternativa mais viável (embora não tão acertiva) para Kwame é brigar por espaço e continuar apresentando o seu melhor futebol nas oportunidades que ganhar. Nos treinos os companheiros africanos de time o apoiam e motivam uma remontada em sua carreira, após receber pouca minutagem em campo, até que ele começa a corresponder marcando gols pela Copa do Rei e em alguns jogos da La Liga, principalmente naqueles que o treinador optou por uma equipe alternativa, visando a Liga dos Campeões, competição em que o Atlético está nas oitavas de final.

O tempo passa e mesmo classificado na Champions, o time apresenta deficiências ofensivas, o que faz com que o treinador comece a optar por uma formação diferente, dias antes de uma partida importante pelas quartas de final da UCL, no jogo de volta contra o Bayern de Munique, após perder a ida por 1×0.

É a chance de Kwame, seu nome está entre os titulares no comando de ataque, a expectativa da torcida está lá em cima, a atmosfera no estádio Wanda Metropolitano é ensurdecedora. O jogo começa de forma tensa e o time adversário abre o placar aos 14 minutos do primeiro tempo, porém antes do intervalo, aos 44′ o Atleti empata com assistência de Kwame.

O segundo tempo ganha mais um capítulo de tensão a medida que se aproxima dos últimos 15 minutos, até que aparece uma chance de ouro. Contra ataque rápido da equipe colchonera, Kwame é lançado nas costas do adversário e sai cara a cara com o goleiro, que sai do gol e se joga nas pernas do menino, que imediatamente cai dentro da área, pênalti! A torcida vibra, os companheiros se abraçam, mas há uma péssima notícia por trás desse lance, pois o nosso Kwame chora de dor enquanto está caído no chão. Os médicos entram e ao detectar uma possível lesão de LCA recomendam a substituição imediata. Por fim o jogo é retomado e o pênalti sofrido por Kwame é desperdiçado. Fim de jogo e Atléti eliminado da Champions League.

Recuperação e retorno aos gramados

Após a realização de uma cirurgia no tornozelo, devido a lesão de ruptura ligamentar, Kwame ficou um longo período fora dos campos. Ele retorna para as quatro linhas após quase 1 ano e encontra uma outra realidade no clube. Com mais contratações feitas e um elenco recheado de estrelas, o jovem teria ainda mais dificuldades de retomar o seu espaço, embora esteja 100% recuperado da lesão.

Chega a janela de inverno na Europa e Kwame resolve sair por empréstimo para atuar pelo Rayo Vallecano. Após um curto período sem muito brilho por lá, ele ainda rodou por outros clubes medianos da Espanha, como Mallorca e Las Palmas, até o término de seu contrato com o Atlético de Madrid.

Aos 28 anos, a carreira de Kwame já era mais um símbolo de jogador que despontou como craque mas que com o tempo ganhou o rótulo de “eterna promessa”. Porém nem tudo estava perdido, pois o Birmingham City da Inglaterra resolveu apostar na ex promessa africana para compor o seu elenco na disputa da Championship, equivalente à segunda divisão inglesa.

Sua passagem pelo clube inglês foi até regular, pois rapidamente alcançou a titularidade e por lá fez 19 gols e distribuiu 11 assistências em duas temporadas.

No entanto, o clube de Birmingham decide não renovar seu contrato e, aos 30 anos de idade, Kwame é liberado para procurar um novo clube em mais uma tentativa de recuperar o seu protagonismo em campo e o seu futebol que encantou as ruas de Mônaco.

Seu staff é procurado por alguns clubes e entre algumas ofertas interessantes e outras nem tanto, duas propostas inusitadas mas que podem mudar totalmente o rumo de sua carreira chegam até Kwame. Uma do Estudiantes da Argentina e outra do Nacional do Uruguai. E agora você é quem decide para onde o nosso protagonista vai! E aí qual é a melhor decisão a ser tomada?